terça-feira, 23 de setembro de 2014
O trovão apropriou-se da tempestade,
tomou-a com clarões que riscam o céu raivosamente,
também se apropriou do meu bem estar,
devagar,
como raio que me despedaça ...
e me parte ao meio
o céu iluminado de muitas luzinhas brilhantes
mostra a sua zanga e ralha,
comigo e contigo,
o céu ralha com o mundo a ferro e fogo,
o mundo que mata sem dó,
e mostra que nada está pacifico,
nem em ti nem em mim
paz falsa, a que salta dos meus olhos,
tranquilidade repleta de nãos
esta que me transparece nas mãos,
tempestade que ninguém quer
é no meio da tempestade que estou sem escolher!
Adelina Charneca
(Onde está o mundo rosa que todas as crianças merecem?)
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