quarta-feira, 20 de junho de 2012

Encontrei


Encontrei as palavras dentro de mim
Fui soltando uma a uma
Todas aos montinhos,
Fiz montinhos de quatro
Escrevi’’AMOR’’,
Fiz montinhos de cinco
Escrevi’’QUERO’’,
Quando cheguei aos montes de sete
Senti ‘’VONTADE’’ mas,
No meio ficaram os montinhos de seis
E Decidi’’AMAR-TE’’...
...Ai’’AMOR’’
Hei-de’’AMAR-TE’’como eu''QUERO''
Ter-te com toda a minha’’VONTADE’’,
Sem palavras,
Em silêncio 
Apenas se escutando o som do nosso amor,
Os gemidos da nossa boca,
O murmúrio dos nossos olhos,
A guerra dos nossos corpos...
...as nossas mãos tocam-se
Como se sempre se tivessem tocado,
Como se em outra vida já se tivessem encontrado,
No travesseiro despentea-mo-nos
Confundindo as nossas cabeças
Com as bocas coladas
Sedentas do beijo  
De beijarem uma e outra vez.
Ainda que o amor que une os nossos corpos seja apenas isso...
...é lindo o amor que une os nossos corpos.
(EU)
19-06-2012
18.00h

sábado, 16 de junho de 2012

Nada poético



As viagens de comboio entre Azambuja e Sintra são longas contudo tornam-se divertidas aos meus olhos pelo meu poder de observação ...
Por vezes há que parar para consolar o estomago é que a fominha aperta e foi o que fiz na minha ultima viagem.
MAS.................
Depois de uma meia de leite estupendamente mal feita no’’Entre Linhas’’na estação de Campolide acompanhada por um pãozinho com manteiga’’aos montes’’ e com um sabor intragável(nunca como manteiga por isso tenho o paladar mais apurado),pareceu-me que aquele Snack Bar de estação de comboios merecia algum tempo da minha vida  a dedicar-lhe algumas palavras ,como tal e na minha opinião resolvi premiar o aqui dito Snack Bar com o ‘’PREMIO,10 ESTRELAS MICHELIN’’para a pior meia de leite e ainda a pior manteiga que se pode comer com pão.
Aliado a este desassossego de pequeno almoço observo  e só vejo pessoas à minha volta com cara de ‘’cama’’ cheiro a sovaco e ausência de pepsodent...etc...etc...
Algo está errado!!!
(EU)
15-06-2012
19.00h

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Razões para te amar


Um amor sem limites para a razão de te amar
Sem que a razão de te amar conheça limites
Silenciosas vozes,
que no escuro silenciam tanto de nós
Silencioso desejo
que em saudade ,em igualdade
pede apenas um beijo
Silenciosos corpos
Possuídos pela solidão
que ruidosamente
pede amor
URGENTE
(EU)
14-06-2012
17.30h

O meu''SOL''...



Lá bem no alto,o astro rei''SOL''
Vai aquecendo a terra,
Vai dando vida à vida
Só a mim me está a deixar morrer
O chão em que estou plantada
já não recebe a luz do ''SOL'',
O seu calor
Já não me basta para nada...
Já o''SOL''me abandona
Com o seu brilho e alegria,
O ''SOL''não me ama mais,
o meu''SOL''caiu numa ravina junto comigo
Caímos abraçados,
corpos colados
braços esticados,
sufocando-se em beijos
Gelados...
Aconteceu o
''OCASO'''...
(EU).
15-06-2012
17.00h

O meu curto circuito


A minha luz está-me a faltar
Sinto o caminho às escuras
Pensava estar na presença de um pólo positivo
Um pólo,que se eu entrasse em curto circuito
me soldaria os pedaços
um pólo que me reacenderia
um pólo só para mim...
Mas...
A luz apagou-se
Ou está-se fundindo
e não é com o meu ser
mas com o infinito
esse...que eu não alcanço
''POR MAIORES QUE SEJAM AS MINHAS ASAS''
por maiores e cheias de vontade de voar
viver sem a minha luz
nada me deixa ver para além do infinito...
(EU)
14-06-2012
17.00h

Pintei-te num quadro só meu


As pedras rolando sobre a minha cabeça
Completam um quadro dantesco
Quadro de duvidas inundadas de saber e ser
Quadro pintado por tua mão suja
Tua mão enegrecida de tanto me entristecer. ..
As mãos entrelaçadas,já não se amam mais,
já não pedem o aconchego em tempos tão desejado
Já não buscam o contacto amado e prometido.
As mãos juntam-se mas não se desejam tocar
Não se anseiam,enquanto os tempos se esvaem...
(EU)
14-06-2012
23.00h

Amar as rosas



Colhi hoje uma rosa,
coisa simples mas bela,
colhi-a só para mim,
para colocar no lugar,
onde outrora tinha um coração...
...que murchou!!
Teria pensado em não dar mais trabalho às roseiras,
sim,
pensei nisso seriamente,
mas,
faz-me falta esta beleza
colhida com grandeza
para ocupar o lugar vago
o lugar que ficou sem ti!!!
Adelina Charneca*

terça-feira, 12 de junho de 2012

Visão do sol



Olhava o relógio
e pensava
estou farto
Escutava-lhe o tic tac
e sorria
Contava as horas
as meias
e os quartos
e esperava
Fazia passar o tempo
entre a escuridão e o vento
Amava e não resistia
Chorava e ninguém ouvia
Queria...
queria apenas
um quarto a mais de vida
Só 15 minutos de espera
Só duas meias horinhas
Só...
(EU)
12-06-2012
00.30h

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Conversas comigo própria


Às vezes penso de mim para mim
Que faço eu aqui onde a vida me plantou
Porque tenho eu que viver neste sufoco
Estar onde não estou e desejar não estar onde estou
Penso e repenso,dou voltas e mais voltas
Quando as noites se fazem de olhos abertos
E,não acho resposta
São respostas que não possuo
Respostas que não me dou
Faço-me e refaço-me,morro e renasço
Amo-me e desamo(me)sorrio e choro
E as respostas continuam ausentes
Presente apenas tenho uma certeza
A certeza que amo
A certeza das certezas é apenas esta
Certa,errada tanto me faz
Apenas''quero''continuar querendo
Continuar a procurar respostas
Não para dar a ninguém
São todas para mim.
Não tem muito nexo nada disto
Será que eu própria tenho nexo?
Claro que não,sou um ser humano
Erro,acerto...
E quero errar mais do que acertar
Com ou sem''viagens''
Com ou sem fronteiras
E,em cada viagem que faça
Quero estar feliz
Ser olhada
Ser acariciada
Beijada
Tocada
Pela ponta de uns dedos
Que me queimem
Como lavas incandescentes.
(Eu)
11-06-2012
09.50h

domingo, 10 de junho de 2012

As minhas catedrais


Em dias ainda não vividos
Chamo por ti
Nestes dias em que a vida se esconde por aqui
Dias em que não te vi
Chegam de olhos abertos
Como se os olhos temessem
Não voltar a ver o dia
Como se voltar a ver o dia
Fosse o desejo mais urgente.
Nos meus dias em que ainda estarei sem ti
Por aqui
Sem ti em mim
Nesses dias viajo apenas
Sem sair do meu chão
Sem que o meu chão me deixe ir
Sentindo-me  presa
Ao meu chão de ti.
Os meus dias são cheios de catedrais
Edificadas no meu corpo pelas tuas mãos doces
Que ainda não conhecem as suas paredes
Dos meus olhos saem sons disformes
Sons que só os poetas podem sentir
Sons que só os poetas descrevem
Sons que elevo para ti que me lês
Da minha boca saem olhares
Na tua direcção
E chegam(te) ao coração
Só por isso
Apenas por isso
Está a poesia
Sempre presente
No meu dia
Por aqui
Sem ti.
(EU)
10-06-2012
09.00h

terça-feira, 5 de junho de 2012

Vida estranha


Estranha segue a minha vida
Por estradas que me são familiares
Estranho o meu sentir
Nas curvas que faço sem virar
Sigo vagarosamente de olhar fixo no além
Além de horizonte não de infinito
Pois no horizonte ainda te recordo
Em dias mais ou menos bem
No infinito não te vejo ao meu lado
Nem no tempo por viver
Nem no outro do passado
Gosto de ti
Como quem gosta de não gostar de um tempo
que não é para recordar...
Gostas de mim como quem tem
Uma linda camisola
Que gosta muito de usar.
(EU)
04-06-2012
22.00h

(...)


Chegaste a mim antes que eu pudesse chegar a ti.
Chegamos os dois ao limite que em esforço se consegue
As aparências já não me sustem,
já não me alimentam
Nem sequer as suporto por mais tempo,
Estamos andando em sentido contrário
E o choque é inevitável,
O choque puramente necessário
Simplesmente obrigatório.
(EU)
04-06-2012
00.00h

Lá longe numa nuvem


Lá naquela nuvem que se desfaz perante os meus olhos
Lá...
Estão lágrimas do meu céu

Soam gritos de sonhos de olhos abertos
Despertos
E sempre em espera
E na espera o tempo consumiu a esperança,
A esperança que havia
De remendar os buracos
Que o tempo foi deixando degradar
No meu vestido branco que não existiu
e...
que assim mesmo está manchado
das mãos sujas que o tempo enegreceu.
Tempo injusto
Que em mim passou devagarinho
Sulcando o meu rosto e o meu corpo
Com marcas indesejáveis
Marcas que jamais poderão ser apagadas
Ou remediadas
Com o tudo da minha estadia
Que no tempo  se esgotou
Em mim
(EU)
04-06-2012
17.30h

Ir a ti



Navego nas ondas do mar salgado
Vestida de água doce
Com manto de espuma
Das ondas que vão de mim a ti
De ti a mim
Deixando marcas
Que se desmarcam
de viver...
Temos tanto que contar
E muito para viver
Andamos
E no andar
Levamos ondas de sal
Que nos leva o entardecer.
Entardecer?
Já o sol além se põe
No horizonte infinito
No horizonte distante
Onde viver é preciso
Onde viver é uma arte
E  a arte se faz vida
Retribuída
Sem ter que pedir ou estar
Sempre de espada em punho
Para ter e para merecer
Sem nunca a guerra perder.
(EU)
04-06-2012
17.00h

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sem rumo

A alma já não me pertence
ela é das palavras
e das conjugações que
a embalam e a encantam.
O corpo está indo na mesma direcção
a direcção desconhecida
o rumo incerto
duvidoso
o rumo,
sem rumo.
(EU)
04-06-2012
01.00h

domingo, 3 de junho de 2012

Quebrou(se)


Um encanto que se quebra
Uma vida que se esvai
Um amor que se finda
Sem que se possa remediar,
sem que se possam juntar
os pedacinhos de novo
os pedacinhos de ti e de mim
que se foram dispersando
em lamentos de silêncio
que se lamentam de perder,
perder o que estava ganho
e o tempo não cuidou
em tempo
quando de amor o tempo vivia
quando o mundo lá fora não existia
éramos ignorantes
muitas vezes por conveniência,
outras por dormência...
Um mundo de falhados
onde só podemos dizer
''SOMOS CULPADOS''
O que queríamos e fizemos
quando o barco se rompeu?
Nada...
prosseguimos alegremente
seguindo em frente
ignorando as dores
Só olhando a paisagem
perdendo a viagem.
(EU)
04-06-2012
00.25h

Na minha e tua fronteira


Na fronteira da ponta dos teus dedos,
que me tocam em brasa
acendendo-me em labaredas incandescentes.
Nessas tuas e minhas fronteiras
não há chek in,
nem controlo alfandegário,
não há piloto automático,
apenas existe a minha e a tua vontade
e essa vontade
é capaz
de ir ao fim do mundo
buscar a chama que a ponta dos teus dedos
me acende ,
sem fronteiras.
(EU)
03-06-2012
00-00h

Poeminha

Leva-me a voar no vento sem rasgar a alma A crescer d'alento nesta tarde calma Não soltes um ai Que se não apague Não pares e vai ...