terça-feira, 30 de junho de 2015


Falava com ele nas dificuldades da vida,no momento critico que atravessa a sociedade ,falava do bem que a sua presente ausência lhe provocava e,assim em pouco tempo foram percebendo que algo mais havia naqueles momentos mágicos que partilhavam,momentos de troca de ideias, por vezes também ideias sobre o que é o erotismo necessário  na vida,eram tantas coisas em tão pouco tempo que dispunham para dedicar um ao outro,e contudo tanta coisa acontecia entre eles nesses momentos das quais nem se davam conta,era mágico,uma magia diferente,não havia desafios à transgressão,e de vez em quando resvalavam para um intimismo sem intimidade ímpar.
Fizeram-se amigos,daqueles amigos que só se guardam desde a infância,com quem se pode falar de tudo,desde as fragilidades aos medos,desde os desejos mais inquietantes à ausência de desejo nenhum,era incomum,nada havia que os separasse,todos os dias um bom dia ou um boa noite sem necessidade de resposta imediata,havia por vezes entre um cumprimento e outro mais de 24 horas sem resposta e no entanto ali estavam,ele sempre pronto a escutá-la,lendo-a,ela sentindo que a ele tudo poderia ser dito sem chocar,até que um dia ele por algo menos ortodoxo reparou que ela não andava bem e aí...bom,então ele fez-se ainda mais presente,mais frequente e preocupado,mais amigo,mais indispensável,ele é o melhor amigo dela,une-os um amor de amigos como tantos gostariam de ter pelo seu amor da vida,ela ama-o de verdade ,um amor sem interesse sem desejo carnal,nada mais que não seja o amor de o saber feliz e eternamente seu amigo,a mão dele esteve lá todos os dias,sem hora marcada ,como são os amigos de verdade,sem oportunismo da parte dele pelo momento de fragilidade que atravessava a sua amiga...ele é único,especial,ele é o melhor amigo que alguém pode desejar ter,o que não deixa cair,o que não larga,o que vai atrás se caires.
Ao meu melhor amigo ,
Pedaços(Con)Sentidos ''autora'' Adelina Charneca​

Sem comentários:

Poeminha

Leva-me a voar no vento sem rasgar a alma A crescer d'alento nesta tarde calma Não soltes um ai Que se não apague Não pares e vai ...