Antigamente quando não sabia dizer-te por palavras escritas
tudo que me ia na alma,
estava como que perdida em veredas labirínticas onde não
encontrava a saída,
a luz que me indicasse que era por ali que devia seguir,
tantas vezes a persegui,
foram dias e dias sem saber onde estava,
quem era,
o que fazia ou o que fazer,
escrevia nas nuvens,
escrevia no luar
não encontrava a
resposta,
silêncio era o único som que me chegava,
o único que ouvia,
sómente com silêncio me respondias,
tiveste que ler-me para aqui me sentires,
para aqui me saberes vivente do mesmo planeta,
estamos ainda longe do que já fomos,
nem sei se lhe voltaremos,
não sei
como não sei tantas outras respostas a perguntas que formulo
incessantemente,
encontro-me nos teus desencontros,
encontro-me nos nossos desencontros,
faço-me vida sem ti,
nos silêncios impostos às palavras ,
que nunca me dirás,
essas que me soariam doces,
doces como o doce mais doce,
não as digas contra vontade
para que não se transformem no amargo mais amargo,
duvido que gostasses de saboreá-las,
duvido.
(EU)
03-05-2012
12.30h
1 comentário:
Belo poema,Ade! Imagine quantas esmeraldas e ouro polido há em teu livro,Ade vc é formidavel.
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