No papel sobre o qual me inclino fazem eco as minhas palavras ocas de te dizer de como te sinto falta
de como esta distância me mata
sufocando-me devagar como se ainda me quisesse trazer à lembrança o teu olhar por mais uma vez antes do suspiro final,mais uma vez entre tantas que o recordo,esse jeito maroto de criança crescida de me olhar ou jeito guloso de homem maduro a me desejar...
As minhas palavras são vazias de contar todos os dias todas as horas minutos e segundos a que a distância nos obriga ,palavras vagas no meio da tempestade
que andam à deriva por um rio de saudade
que desagua num mar de angustia,à deriva de te viver,
de nos vivermos ,
em tempestade de abraços, beijos,sussurros e gemidos de dois loucos que se desejam em silêncio mais que a vida,amordaçada e nunca cumprida
de palavras que por ocas e vazias não têm som,
continuam no papel
esperando serem transformadas em amor de mel
por isso...mata-me devagarinho,
olha-me com jeitinho e beija-me com carinho antes que me esfume.
(EU)
22-10-2011
19.15h
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