quinta-feira, 29 de outubro de 2015
O MEU SORRISO//
Nesta vida atribulada/
que se vive hora a hora/
troca-se a vida por nada/
uma escondendo a outra/
Uma mão e outra mão/
abençoam o nosso dia/
falamos de coração/
e temos a alma vazia/
Nunca pensando em mais nada/
vivo o dia tristemente/
falta-me tudo,e faltando/
ardo em lava incandescente/
As coisas boas da vida/
dizem ser filhos e netos/
Eu cá vivo em pedaços/
E em silêncio grito aos ventos/
Abóboras para esta vida/
p'ra não dizer coisas feias/
sinto a dor e a alegria/
cada qual em meias meias
Se a vida requer saber/
eu não pedi para cá vir/
viver nascer e morrer/
nada disto eu escolhi/
Acerto a dor com o riso/
como os ponteiros do relógio/
uns mais curtos do que outros/
saber tudo sem ser preciso/
penas que passo são ferros/
cravados no meu sorriso!/
Adelina Charneca
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