À janela do meu querer
Vejo-te com desejo de te viver
Encontro-te meio envergonhada
nas curvas e contra curvas
das colinas e vales
que percorres sem me alcançar.
As cercas que silenciosas nos afastam,
riem-se de nós
dão gargalhadas sinistras
sem no entanto se fazerem escutar
gargalhadas silenciosas
engolidas em seco
com dor
contorcendo-se
contorcendo-se
tropeçando,
caindo,
levantando-se,
gemendo
Fecho a janela...
Cansei de querer!
Adelina Charneca
17-07-2012
11.00h
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