muitas vezes,
escrevo palavras para ti
para ti,
que me lês e que eu tenho sempre aqui comigo...
escrevo-te mas,
nunca sou clara nas palavras
faço rodeios.
viro na primeira esquina,
à direita,
à esquerda,
escondo-me por detrás de subterfúgios banais
assusto-me,
e intimido-me de dizer-te tudo por A mais B ,
de A a Z ...
ai se eu pudesse,
se as minhas mãos ao deslizarem pelo teclado me denunciassem,
se elas por verdades tudo o que eu sinto ao mundo anunciassem...
não posso ,
não sei,
não quero,
mas...
assim mesmo,
quero que saibas que sempre nos meus dias te espero,
cautelosamente,
com suavidade,
e até ver,
com a minha''quase''verdade!
Adelina Charneca
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