Nas nuvens leio o teu nome,
são tantas letras que me perco e de perder-me
me esgoto nos dias que terminam sempre iguais à forma como começam,
pensando-te
e sem poder alcançar-te
contento-me com a lembrança dos bons momentos,
das gargalhadas felizes que juntos demos
talvez de outras tantas que o futuro nos reserva___
Pinto os lábios de vermelho vivo e desafio-te a beijá-los
como se sempre o tivesses feito no tempo antes do tempo se esgotar em nós.
As vidas que nos foram permitidas lamentam-se das dores que lhe são infligidas
como se de auto flagelação se tratasse,
dão gritos de desespero
arregalam os olhos
é a fome dos tempos que o tempo lhe impôs ...
Quero de ti tudo o que é meu
em ti resta tudo o que é nosso.
As nuvens já acordaram e jorram água
como se dois pulsos tivessem sido cortados
com traços horizontais talhados em dor da alma
que me contas
e que te magoa daqui até ao fim do mundo...
(EU)
02-11-2011
17.30h
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
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