domingo, 20 de novembro de 2011

In(constante)

A rapidez com que as palavras passam e bailam em frente aos meus olhos faz-me acreditar que perdi o vocabulário de emoções e que ele deu lugar a um outro de frieza abstracta,vazia de sentidos que se fixa como se fosse rio de enchentes vagarosas com águas turvas e barrentas carregadas de lama dispersa à minha volta sulcando-me como plaina em mão de carpinteiro que perdeu as medidas da obra que tem em mãos.
Sai de mim o vocabulário perdido com as conjugações de verbos que desconheço e que não perdem a razão de existir assim mesmo desconhecidos.Conjugo amor com dor,e alegria com apatia,rimo esquecer com recordar e,amar-te com passado,só depois vejo que está tudo errado e não consigo perceber se o erro sou eu ou o que eu construo,castelos,muralhas,desertos,cidades ou campos floridos a perder de vista?!
(EU)
20-11-2011
19.ooh

1 comentário:

Maria Francisca Sousa da Silva disse...

Mais do que as palavras, que são muito descritivas, a imagem é SUPEr-MEGA!

ChicaIlheu

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