...madrugadas de
incensos...
de onde me chegam estas madrugadas que do teu cheiro vêm perfumadas? madrugadas bem claras de onde vem esta claridade que do teu nome me traz em lembranças raras madrugadas em que despertávamos e de imediato nos abraçávamos onde estão estas madrugadas? quem dorme agora nas tuas madrugadas nos teus braços, e te sorri antes de abrir os olhos? Para quem preparas agora o café ainda antes que se pusesse de pé? para quem vais comprar bem cedo os churros do teu bairro tão doces que até se chupava o dedo? com quem falas agora de coisas sérias e juntas dinheiro para fazer férias? A quem levas agora junto da Virgem e diante dela prometes amor eterno? Estas madrugadas trazem-te até aqui estas madrugadas sem beijo e sem sorriso ou será que já não há madrugadas? O dia pegou-se com a noite e são um só a noite pegou-se com o dia e... de tão pegados até dão dó Dó de pena..dó sem aquela cena aquela das madrugadas apaixonadas que renegas ter sentido aquela cena das madrugadas que ainda que o renegues não podes esquecer ter vivido... será que alguém esquece aquele amor desmedido? que continha beijos e abraços dos pés à cabeça? que continha abraços e beijos da cabeça aos pés será que alguém pode esquecer uma boa parte... do que viveu na sua vida? Adelina Charneca*. |
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
A eterna madrugada em ti
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Poeminha
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