terça-feira, 16 de junho de 2015


Diz à tristeza do mundo
que venha falar comigo, 
desfaço-a em bocadinhos
ato-a num belo elástico
construo um dia belo
pinto um sorriso na alma
e faço uma flor p'rós cabelos

uma flor verde de esperança
presa nos cachos vermelhos!!!

Adelina Charneca:

''autora''

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Hoje 10 de Junho de 2015 condecoro com a medalha da Ordem do Infante a todas vós mulheres ,amigas,mais ou menos amigas,primas,sobrinhas e filhas por serviços prestados ao País.
<3
<3
Hoje é dia de Portugal,e eu disse que vinha condecorar-vos,aqui está!!
Mulheres que durante nove meses carregam no ventre os filhos com amor,com ilusão,com a fantasia de lhes dar e transmitir todo o saber e a cumprir o seu dever na sociedade que até se atreve a chamar-lhe''Geração Rasca''.
Eu tenho duas filhas dessa geração e rasca é que nenhuma delas é,não conheço aliás, jovens desse calibre,conheço jovens lutadores ,fortes,cultos,independentes e boas pessoas,herdeiros de um País que lhe deixámos(mea culpa),e por esse caminho se eu entrasse nunca mais parava.
Mas,mulheres mais ou menos minhas amigas,mais uma vez hoje entre 40 condecorados pelo P.R.não se encontrava nenhuma mulher por apenas ser mãe,mas por exemplo estava um cómico que ganha a vida a fazer comédia e sobretudo a fazê-la aos políticos,ainda tem a lata de dizer(hipocritamente) que gostaria de não ter tanta matéria na política para satirizar,bom,mas ele não tem culpa,chamaram-no e ele aceitou ,um dia poderá contar aos filhos que a mulher dele parir que tem uma condecoração por dizer parvoeiras.
Vi também condecorar pesquisadores de uma rica fundação onde não faltam meios para investigar e ainda bem pois está a curar muita gente mas,não assisti no acto a nenhum médico ou enfermeiro dos hospitais onde todos os dias lutam com falta de meios,e fazem o mesmo trabalho muitas vezes com sucesso devido à boa vontade,sei que estou a ter uma atitude visionária ao escrever desta forma,mas caramba ,pese embora hoje em dia já não bata o pé aos sonhos ainda não refreei o meu instinto de o fazer(posso sonhar?).
Ou não?
A vocês e a mim,deixo com muito carinho a condecoração da Ordem do Infante (que é a mais alta condecoração em Portugal)por serviços prestados ao País.
Serviços ao parirem com ou sem dor,serviço ao educarem,serviço ao serem pais e mães tantas vezes,serviço por moldarem cidadãos num mundo tão''àrrasca'',onde o barro está a escassear,num mundo fundamentalista,num mundo de (o meu umbigo é mais importante que o teu)serviços por vos(nos)doer as entranhas até à alma com a distância dos que partem e longe se fazem gente grande,serviços por ajudar-mos a moldar os netos para um futuro sem luz no fundo do túnel...MULHERES ,mais ou menos amigas eu simplesmente Adelina,vos admiro e venero,sobretudo a duas em especial que pari com dor do ventre que me deram ao parir-me,admiro-te a ti porque renunciaste à tua independência económica para criares tão bem dois tesouros que são meus netos e que sendo um deles uma pequena mulher já nos orgulha em família ao terminar o primeiro ciclo escolar numa escola pública com uma bolsa de estudo por mérito escolar,e tu mulher que partiste do meu ventre para o mundo,tu que tiveste a coragem de amealhar durante uma década para cumprires o sonho de trabalhar pelas crianças orfãs da(Matola) Moçambique,gastando todas essas economias e renovando a vida num país sem sol partindo do zero.
A vós amigas dedico este texto e a vós(mulheres minhas)dedico a minha vida e todos os meus sonhos,aos quais já não bato o pé(o que for será).
Adelina Charneca*

segunda-feira, 1 de junho de 2015


Parabéns para mim,há dez anos nasci avó! !!
Minha vida
Meu amor
Minha estrela
Minha flor
Minha alma
Grande amor
Meu parto sem dor.
Minhas noites desperta
Causa de tanta Vitória. 
És amada e endeusada
Como podes ser tu, só
Tu amor da minha vida
És o meu orgulho de avó.
Vitória, nome escolhido
Vitória uma vida amada
Vitória, alma pura de lindeza
Vitória meu amor querido. 
Vitória. ..não há ninguém como ela! 
Amor puro, claro amor
Vida minha, meu parto sem dor! 
Adelina Charneca 

terça-feira, 26 de maio de 2015


A poesia é um repetir de palavras que falam de palavras
algumas já tão gastas que se tornaram banais
esgotando-se no eco do tempo.
__No escuro da noite já não escuto os teus passos,
já não lhes conheço o som
sinto apenas a voz do teu pensamento
que em desejos incontroláveis me acaricia os sentidos
e me mostra a lua rodeada de estrelas
fazendo-me viajar no universo
de um amor sem verso nem reverso,
impossível de tocar,cheirar,beijar ou acariciar;
felicidade impossível,amar-te no planeta do amor
tanto,quanto impossível na estrela do calor.
Das tuas mãos sonho caricias,
 que vejo claramente nos teus olhos,
desejos canalhas,
fazendo -nos viver uma vida de repetidas falhas.
Podridão de sociedade,
que já não respeita os amores de verdade,
escolhos de lodo de terra sem água
imundice em lama pisada com mágoa,
poema abraçado por raiva e dor
escrito para ti,por mim,sem pudor.
Descalça me vejo,despojada de vida,
triste maldição de paixão contida.
Amar a pedaços,amar impossíveis,
é querer abraços,imóveis e impassíveis!
Adelina Charneca

sábado, 16 de maio de 2015

Manhãs no campo
Nada mais se ouve que o canto das aves
Ao longe o agricultor gradeia a vinha de onde retira o seu vinho que é o seu ganha pão
De vez em quando um intruso motor de potentes cavalos recorta o silêncio e a paz referida anteriormente
As rosas de Santa Teresinha exalam o seu perfume da manhã, ao longe a águia, a minha deusa dos horizontes já por aqui anda, pode ser que tenha sorte e haja por aí algum lagarto madrugador tomando banhos de sol, ainda há aquela ideia de que as estrelinhas que temos no céu cuidam de nós, acredito, pois a paz que eu sinto neste momento só pode vir de uma estrelinha especial, como tu mãe. 
__As vacas com os seus vitelinhos atrás completam o quadro que faz sonhar meus olhos com um mundo de paz, assim ,tranquilo para todos. 
Desejo bom dia ao mundo desde o meu cantinho da poesia! 
Sempre vossa
Adelina Charneca

sábado, 9 de maio de 2015


Eu só queria escrever um verso
onde se notasse todo o meu cansaço
tudo que me arrasa e dói neste mundo disperso
que dissesse tudo que não posso
que escrevesse por mim sem me fazer cansaço
um verso triste e magoado,
onde se lê-se a angustia dos meus olhos
a inaptidão das minhas mãos,
ou a frieza dos meus pés
um verso que ao ler se notasse ter saído de mim ,
mas não fosse escrito por mim,
nem por minha vontade
escrever sem pensar uma palavra
pensar e não ser capaz de escrever
um verso que fosse meu por ter sido escrito por mim~
mas,só falasse de ti,,
um verso que sendo escrito com amor
pudesse retratar toda a minha dor
um verso sem volta,sem reverso
um verso que fosse apenas isso...
Um simples verso!
Adelina Charneca 

Poeminha

Leva-me a voar no vento sem rasgar a alma A crescer d'alento nesta tarde calma Não soltes um ai Que se não apague Não pares e vai ...