terça-feira, 26 de maio de 2015


A poesia é um repetir de palavras que falam de palavras
algumas já tão gastas que se tornaram banais
esgotando-se no eco do tempo.
__No escuro da noite já não escuto os teus passos,
já não lhes conheço o som
sinto apenas a voz do teu pensamento
que em desejos incontroláveis me acaricia os sentidos
e me mostra a lua rodeada de estrelas
fazendo-me viajar no universo
de um amor sem verso nem reverso,
impossível de tocar,cheirar,beijar ou acariciar;
felicidade impossível,amar-te no planeta do amor
tanto,quanto impossível na estrela do calor.
Das tuas mãos sonho caricias,
 que vejo claramente nos teus olhos,
desejos canalhas,
fazendo -nos viver uma vida de repetidas falhas.
Podridão de sociedade,
que já não respeita os amores de verdade,
escolhos de lodo de terra sem água
imundice em lama pisada com mágoa,
poema abraçado por raiva e dor
escrito para ti,por mim,sem pudor.
Descalça me vejo,despojada de vida,
triste maldição de paixão contida.
Amar a pedaços,amar impossíveis,
é querer abraços,imóveis e impassíveis!
Adelina Charneca

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