Sou uma ave que sobe nos céus,e que se julga uma gaivota,uma gaivota azul que assim ficou de tanto se misturar com o infinito,esse azulado que me contagia e me leva arrastada pelo vento,quando subo vejo tudo girar em meu redor,tudo me segreda ao ouvido o quanto é inebriante a paisagem,e eu só subo,subo,subo,voo e sem voar como poderia absorver a paisagem que me circunda?
As outras aves perguntam-me se não serei algo,enfim...voadora demais?
Serei sim...quero voar até ao amanhecer e amanhecer de hora em hora até que chegue a luz do dia e,ao olhar-me ao espelho continuar a voar como qualquer gaivota errante...de sonho em sonho até que o sol venha recordar-me que amanheceu e de gaivota errante errando vou voar por aí...seguirei no caminho sem fim.
«25-05-2011»(EU).
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