quarta-feira, 1 de maio de 2013



Maio...
Quem te escolheu para me fazer nascer em ti?
Quem te ordenou que me possuísses?
Maio...
Quem te plantou arvore de fundas raízes no meu ser?
Oh,Maio...
Pareces-te
Com um tempo acabado
Onde depois de nascer
Também nele se pode morrer...
Morrer...
Morrendo sem renascer
Morrendo sem sequer o saber...
Maio...
Floresceste  de forma tão harmoniosa
Que por ter nascido em Maio...
Me sinto como se fosse uma rosa
De espinhos agudos e perigosos...
Maio...és o mês da minha vida
Escreve-se Maio com quatro letras
Com quatro letras também
Neste Maio em flor
Se escreve ... AMOR!
AMOR...MAIO
MAIO...AMOR!
Adelina Charneca

quarta-feira, 24 de abril de 2013



Se eu fosse uma criança
inventava-te nas águas deste lago
saindo delas
com as tuas asas abertas
bico escancarado
em direcção aos meus lábios...
como sou uma menina crescida
invento-te nos meus braços
onde realmente deves viver...
onde és a minha vontade...
e o meu querer!
Adelina Charneca*

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Em duas vidas



(Olho as estrelas e vejo-te
Escuto o canto dos passaros e encontro-te nele
Olho as flores e lá estás tu
Sinto a chuva e tocas-me a pele
Ouço uma música e danço contigo
Abraço a minha almofada
sinto os teus braços
acordo e vejo-te tão perto
que quase sinto o cheiro do amor
observo as nuvens
espero que saias de dentro delas
penso palavras para escrever...
só sai o teu nome
meu amor!)
‘’Tu e eu’’
Adelina Charneca

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Estes baraços que me atam os braços


Sombras de vida
lembranças de dor
sobrevivida
em beijos de amor
dias de lembrança
cheias de alegria
mataram a esperança
de em mim se fazer
vida 
que ninguém vivia
...mordaças que me colocas
peias que atas a meus pés
baraços
que me atam os braços
jazem lá dentro do mar
levados pelas marés...
onde mais nada existe
a não ser restos de tudo
tudo que em nós existia
noutra vida
algum dia!
Adelina Charneca *

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Fazer amor com(o)tempo




...por aqui começa o dia
esperando alguma folia
estou sentada nos degraus da vida
Sei que já é tarde
sei também que o tempo(arde)
na espiral mágica
dos ponteiros do relógio
que mal humorado
me avisa
está na hora de acordar
vamos lá deixar de esperar
que a vida espere por ti
abraça-a,beija-a
faz amor com ela
não finjas o prazer
sente-o com toda a vontade
de o viver e de o ter
em sorrisos e espasmos
tu sabes que podes
em cada dia ,cada hora
que te tarda
faz da tua vida
múltiplos orgasmos
não deixes apagar a chama
deixa apenas que o tempo
em fogueira de amor
de sonhos e de voar
deixa apenas que ele
em ti arda,
te queime por dentro
te abrase por fora
dê suspiros a toda a hora
usa o tempo a teu favor
e vive-o com todo o teu amor!
Adelina Charneca *

Poeminha

Leva-me a voar no vento sem rasgar a alma A crescer d'alento nesta tarde calma Não soltes um ai Que se não apague Não pares e vai ...