sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Um segredo...um olhar!



Envio-te um olhar
Conto-te um segredo
Convido-te a amar
Desafio-te à posse
Do desejo e da vontade
Dos nossos corpos
serem um...
(um em dois)
refazendo-se unidos
tão unidos,
mão na mão
vontade e desejo
tudo unido
num só beijo!
Adelina Charneca

domingo, 9 de dezembro de 2012



Sonho acordada contigo
No meu leito abandonada por ti
Desfaço-me em saudade
Choro por dentro de vontade
Parto-me de dor
Pelo teu amor
Sufoco este grito
Pelo não dito.
Refaço o baton
E ajeito o lenço
Levanto a cabeça
Não tenho outra forma
De dizer o que penso
Só desta que escrevo
Com palavras gastas
Só assim te posso dizer
O tamanho do meu sentir
O tamanho da saudade
Que  sinto de ver-te sorrir!
Adelina Charneca

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Para ti...sorriso lindo


Dava um dia da minha vida
Para beijar os teus lábios,
entrar na tua boca
instalar-me dentro de ti
Dava um dedo da minha mão
para sentir o teu abraço
Dava tudo o que há em mim
Para que  me deixasses louca
Dava um enorme laço apertado
à volta de nós os dois
(um enorme e apertado laço)
Um laço indestrutível.
Ficava aí
no quentinho do teu coração
deliciando-me com o doce dos teus olhos
Preenchendo o teu vazio
Esse vazio que só eu entendo(só eu vi)
E que se foi estendendo no tempo
Tempo em que só com almas vazias de sentido
te foste encontrando.
Voltaste a deixar de sorrir
O teu ar sério,
entristece-me
Sabes que adoro o teu sorriso!
Sorri...
nem que seja só para mim
Para aquecer os meus dias
Para me dar alegrias
Sorri .
Pois tal como diz Eugénio de Andrade(apetece ficar nu(a)dentro do teu sorriso).
Tu sabes e eu sei...
Adelina Charneca

domingo, 2 de dezembro de 2012

Hoje



...hoje
Deixei-me adormecer no desejo de te ter
Esqueci o meu corpo em brasa
Como ave que perde uma asa
Esqueci o desejo
Esqueci o beijo
Lembro apenas que na minha cama
O meu sonho é por ti que chama
...chama o teu nome na cama deserta
no desejo que consome
e na saudade que aperta
...aperta aqui no coração
Onde entraste sem bater
Instalaste a tua vida na minha
Sem saberes se podia ser...
Ou, se poderás em mim viver...
Adelina Charneca

sábado, 1 de dezembro de 2012

Michael Bolton 'All for love' (tradução)

NA ARENA ( foto ao poema por Adelina Charneca ) **






Amazona me senti,
Até querer cortar um peito,
Para poder usar o arco,
E a flecha seguir a direito.

Amazona me senti,
Da força fiz meu cavalo,
E aguerrida engoli,
Os insultos que em mim calo.

Rainha da Capadócia,
De certeira convicção,
A seta que em mim brami,
Trespassado coração,
De sentimentos despi,
Bruta fui pela razão.

E como toiro na arena, senti,
Estucadas redondas,
Do cerco que não fugi.
Ouvi também as palmas,
Do meu corpo massacrado,
E como bicho estúpido que só vê o encarnado,
Não sabia a minha força.

Hoje sei.
Da arena vivida, penas de mim,
Mera falta de certeza,
Do que fui em melhores dias.

Venham bandarilhar-me agora!
Exponham-me toda nua!
Até com musgo me cubro,
Simples pedra de rua, pisada sem culpa…
Porque existe sempre uma força abrupta,
Que nasce entre as frestas do querer,
E brota…brota,
Atrevida flor,
Que me veste até morrer.


Raquel Calvete

Poeminha

Leva-me a voar no vento sem rasgar a alma A crescer d'alento nesta tarde calma Não soltes um ai Que se não apague Não pares e vai ...