quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Palavras,apenas isso!!!

Imaginem,uma prateleira onde há livros que embora dêem a sensação de estar devidamente arrumados,existe alguma desorganização entre fascículos e algumas folhas clamam por uma nova ordem,elas clamam e não há quem lhes dê atenção e a desordem começa a fazer-se notar cada dia mais e mais,as brechas abrem cada dia maiores abismos entre as folhas que teimam em não querer retomar o seu lugar enquanto não forem devolvidas aos seus devidos fascículos,um grito de dor,de dor que sente quebrar-se uma ordem que ninguém teve vontade de retomar e por entre os dedos escapam-se alguns gemidos de dor desse grito transformando-se em lamento lamentando a perda,uma perda que se não for recuperada em tempo útil se transformará para sempre em perda irreparável.
Nessa prateleira está supostamente(bem)arrumado um coração que mantém sempre as portas e as janelas abertas para todas as almas desventuradas que precisam de algum aconchego,esse coração dá tudo quanto tem,até não poder mais;até que algum dia,distraidamente deixa que as chaves da sua porta e da sua janela sempre escancaradas se misturem na desordem dos livros da prateleira,e na hora de fechar um pouco para seu descanso não encontrou mais a chave que lhe traria protecção e, assim à mercê dos olhares indiscretos se deixou ir na desordem,repentinamente viu-se num emaranhado de atritos que não pediu mas aos quais não deu as costas deixando-se envolver,para sua desgraça e inquietação deixou-se levar pelo seu sentido de justiça e tentando proteger o alvo dessa injustiça ficava cada vez mais desprotegido,sentindo-se fragilizar a cada momento e enfraquecer para defender o que de  seu tentava reorganizar...
__Coração que sempre se dissera o melhor amigo,trai assim e tira o sossego deixa que a inquietação o assole treme e torna-se fraco,a "sua chave"perde-se de vez no emaranhado que está na sua prateleira onde supostamente estaria tudo em ordem.
__Coração,porque fazes isto?
Eu quero que voltes ao teu lugar,mas sinto-te despedaçado,frágil,sem conseguires reagir,foste assim atirado contra uma parede,uma dura parede que te deixou em pedaços,e quem te ajudará a juntá-los de novo?Quem?...Quem?...
__Perdi o Norte,perdi a minha bússola,perdi o meu sentido e sem sentido estou tentando agarrar-me ao que resta dos fascículos desorganizados,devo-me isso e muito mais...a tábua de salvação,onde está ela que não a encontro?...Onde?...
__Choro lágrimas que me anunciam que o pior ainda está para chegar...quero sobreviver inteira,eu vou sobreviver,eu vou.Não haverá jardineiro que possa entrar no meu jardim,assim sem pedir licença,sem anunciar a sua chegada,sem me prevenir que veio para colher as minhas pétalas para levar consigo o meu perfume e não mo devolver mais guardando-o para si e rolhando-o nalgum frasco daqueles de vidro tão grosso que não o conseguirei tirar nunca mais.
Força,preciso de força!...Na noite os olhos teimam  em não colar para o sono reparador,o sono que me faria esquecer tudo,e ir no sonho da tranquilidade,quando por breves instantes o consigo,as imagens que flutuam no sonho vão sempre na mesma direcção que a rosa dos ventos lhe quer dar e não a que seria desejada e correcta,pobre(EU)que sempre sei o que dizer a quem de mim necessita e agora não consigo arrumar o que sinto,mas como fazê-lo?Se teimo em não o identificar,nem sei como fazê.lo...
___Perdi-me num olhar nada mais que isso...nada mais que isso e só isso é tanto que foi capaz de me desalojar o meu melhor músculo do seu lugar e não o deixa lá voltar a colocar.
(EU)
Domingo/17/04/2011/
06-30h


Da minha velha infância!!!



(Ontem em viagem de comboio entre Azambuja e Sintra recordei e disse ao meu pequeno bloco de notas o que me ia na alma,ele escutou-me e sem correção aqui está o que lhe confidenciei)

Trago comigo os sabores e os cheiros das cozinhas do Alentejo,as carnes curadas cozinhadas em grandes panelas de um peso inusitado colocadas estratégicamente ao redor de um lume que ardia numa enorme chaminé,das ervas aromáticas do forno a lenha de onde vinha  um explêndido aroma a pão quente acabado de cozer sorvendo o azeite derramado sobre ele,o sabor das tibornas que comia sentada ao lume trago  muito do Alentejo  dentro de mim talvez um Alentejo que só existe no meu imaginário,mas é  o Alentejo da minha meninice aquele de que tenho saudades,aquele que podia ter sido e não foi,o Alentejo do mistério que ficará para sempre por desvendar.
Diria que é o meu Alentejo''meu''por ser fruto da minha imaginação(não por exacerbado bairrismo)...recordo ainda as paredes caiadas e a frescura que delas emanava,os cantes dos ranchos de gente trabalhadora cantando modas ao desafio escutadas  ao longe ora nos dourados  trigais ceifando as espigas  ora nos gélidos olivais apanhando a azeitona,sorvendo água do cocho refrescada em cantaros de barro ou chegando-se ao lume feito no chão para aquecer um pouco as pontas dos dedos que no contacto com a terra gelada cuidavam de congelar,o cantar dos passarinhos ou até o incitamento do homem à parelha que trabalhava a terra.O voo da águia sempre me encantou,julgo ser desde então que a invejo na sua altivez e possibilidade de se assenhoriar de todo o céu azul que por estas terras de sonho tem um azul muito mais acentuado.Trago ainda bem presente as cores e o monte da minha infância,aquele que 1º ficou marcado na minha memória e ainda hoje tantos objectivos depois continua bem vivo em mim,o Alentejo e a sua imensidão é o que mais me alargou os horizontes me fez este ser que não se contenta com olhares curtos e estreitos.
(EU)
01-09-2011


Stop!...


Serei uma viatura tombada em pleno asfalto?
Serei um veículo com quem se cruzam lindos e enfeitados andantes ou viajantes?
Sim,acredito que o seja!
Nem sempre o consigo identificar mas ...
Viatura tombada no asfalto,cruzamento complicado sem informação de direcção por onde se perdem e acham corpos inertes no meu pensamento que voam em todas as direcções e nos sentidos ora horizontal ora vertical,dão piruetas e gritos de alegria sobem até ao ponto mais alto da vida e vão complicando e deturpando as ideias mais turvas de mentes que serão brilhantes de gente desconhecida e ausente.
Afirmo e exijo que quero bons comportamentos quero que sejam vistos como boa gente vistos como o são na realidade,contudo tarda,tarda a ser cumprida a minha afirmação e exigência.
Porque tardará?
Porque uma prisão de pensamentos se encosta ao meu ser vagabundo de viver!...
(EU)

O tempo


O tempo?!Esse malandro que nos escraviza e maltrata ele encarrega-se de nos fazer sentir que o dia tem só 24 horas quando há dias em que necessitava-mos ''tanto''que tivesse 48,56 sei lá,quantas nós sentisse-mos necessárias para estar perto de todos aqueles a quem amamos e a quem o tempo por vezes não nos dá tempo para dizer''amo-te''.
Tempo para tudo o que se quer?Quem será o bendito priviligiado que o tem?Eu preciso de mais umas quantas horas irei tentar conversar com o tempo até que me escute algum tempo e me dê tempo,só mais um pouco para que o tempo não me falte e conclua tanto que tenho para dizer e fazer, já que o julgo um amigo de fazer perfeito''com tempo''.
Perfeito seria ainda se o tempo não nos trouxesse outros sentimentos por vezes tão contraditórios e crescentes com o tempo tais como a saudade de ter saudade ou  saudade das saudades.
O malandro vadio que vagueia pelos nossos anos,meses,semanas,dias, horas,minutos,segundos...Óh,tempo não voltes para trás,por caridade,mas dá-me algum tempo para dizer o que ainda não foi dito e para estar mais tempo  perto de quem desejo.
O tempo esse doce amargo que nos escorrega por entre os dedos.

A gente brilha muito mais quando existe gente positiva ao nosso lado.


Tão perto e tão longe!!!
Ou antes,tão longe e tão perto???
Seres humanos voadores partilhando um espaço sem espaço,onde o chão é terra firme onde se fica pelo ser e haver ignorando tudo o resto de tão reduzida importância que não seja dar e retribuir.
Hoje houve partilha e sempre que a amizade viaja em dois sentidos a vida dura fica mais leve,mais solta mais vida,fica simplesmente''vida''.
Com ''vida''e em boa companhia tudo mas mesmo tudo que não seja de extrema importância passa a ser relativo à nossa volta tudo fica mais frio e distante de uma distância que nos leva a alterar o rumo e como uma mudança de direcção não pode ser considerada uma derrota,muda-se a bússola 180º,e arrepia-se caminho.
Esta sou eu a que muda de direcção quando o rumo lhe está a ficar estranho.
(EU)
30-08-2011
01h-10h
Para que o Sol e a terra se possam contemplar apaixonadamente necessitam dos pequenos satélites que circulam à sua volta /Ela''TERRA''espera -o todos os dias e deseja-o até às entranhas /Ele ''SOL'' chega quando lhe apetece espalhando toda a sua luz e calor tomando-a para si ,amam-se embora ele todos os dias a deixe leva consigo o seu travo e vontade de voltar e repetir o divino acto de a''AMAR''24 sobre 24 horas.
Bom dia dia,bom dia sol...

(EU)
Gracias por tudo que posso colher todos os dias,gracias por tudo aquilo que não tenho ,gracias pelos sorrisos pelos bons dias pelos boas noites ,gracias até pelos silêncios (e há silêncios que me dizem tanto),gracias por quem tenho,gracias por quem nunca terei...gracias
pelas palavras ''boas'',gracias pelos poemas pela prosa,gracias ao mundo''GRACIAS VIDA''.
(EU)
SEMPRE 

Poeminha

Leva-me a voar no vento sem rasgar a alma A crescer d'alento nesta tarde calma Não soltes um ai Que se não apague Não pares e vai ...